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Cristiano Munhoz

 

 

 

                    Natural de Passo Fundo, RS, ingressou na Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul (Brigada Militar) em 1998, como soldado. Graduou-se em Direito em 2005, cursando pós-graduações em Segurança Pública e Direito Constitucional. Em 2012 obteve aprovação no concurso para o posto de capitão da Brigada Militar, o qual foi concluído em 2014, graduando-se em Ciências Militares – Área Defesa Social.

            Em 2015 iniciou mestrado em Ciências Policiais, em Lisboa, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI). Durante o curso teve contato com a realidade policial portuguesa e europeia, percebendo que as demandas eram um tanto quanto diferentes das brasileiras. Em Portugal, por exemplo, há uma grande preocupação com o crime de branqueamento de capitais (lavagem de dinheiro), e o restante do continente europeu busca realizar ações integradas na prevenção e combate ao terrorismo.

             Observou que a população da Europa pouco se importa com a estrutura das polícias ostensivas (se civis ou militares), pois o trabalho desempenhado por ambas é eficiente e atende aos anseios da sociedade. Chamou a atenção que, em termos de treinamento, equipamentos, formação e atuação, há grande similitude entre as polícias europeias e as polícias militares brasileiras.

             Exemplo disso são as atuações em eventos multitudinários, como grandes manifestações e jogos de futebol, pois quando necessário, as tropas de choque utilizam escudos, armamento com munição menos letal, cães, cavalos, caminhões blindados com jato de água e granadas fumígenas, sendo realizadas prisões de criminosos (black blocs), ou seja, muito semelhantes com as ações desempenhadas no Brasil.

                       Visualizando essa realidade, resolveu pesquisar sobre a desmilitarização das polícias militares do Brasil, as ações truculentas que são constantemente divulgadas na mídia e o alcance real da violência policial. Buscou investigar se o fato de ser militar seria a causa de episódios de abuso no uso de meios coercivos.

                      Para a realização da dissertação, que é a base da presente obra, buscou manter-se fiel ao papel de investigador, partindo da conveniência de estabelecer a distância necessária entre o pesquisador e o objeto da pesquisa, despindo-se de pré-juízos, pois o saber policial poderia comprometer a objetividade do trabalho acadêmico.

             A discussão sobre a desmilitarização das polícias militares brasileiras é antiga, e a dissertação foi realizada entre os anos de 2015 e 2017. A adaptação da dissertação para um livro gerou atualização de algumas fontes em 2018 e 2019, com incremento de outras discussões atinentes à temática, não afetando a desejada neutralidade do trabalho. 

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