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O Fazedor de Humanidades

Destinado àqueles que gostam das narrativas líricas, O Fazedor de Humanidades é uma coletânea de contos, crônicas e narrativas de amor no formato carta. Os temas são variados, os principais são o desejo de amor, a saudade, a separação, lembranças de infância e a morte. As relações afetivas são o assunto predominante nos textos, os personagens transitam em cenário urbano, - é como se fosse o povo mais simples de uma grande cidade. As questões do cotidiano dessas pessoas, seus dramas e alegrias, nos chegam pelo olhar de um narrador lírico e cheio de compaixão. A linguagem é simples, o vocabulário universal, às vezes a narrativa parte do realismo e se conclui no universo do fantástico. E o Gerson é como aquele deus, lírico e humanizado, cheio de compaixão por suas criaturas. O Fazedor de Humanidades exercita esse olhar carregado de ternura e se mantem num clima permanente de nostalgia. O lirismo do autor é consciente. O livro é apresentado em quatro capítulos, isso para ajudar o leitor na viagem.

O Fazedor de Humanidades
A HISTÓRIA

Dário, filho caçula de Felicidade, o personagem do conto infanto-juvenil de Djine Klein, menino que quase não fala – sofre de ausência – e por isto cala sem som – silêncio do sertão e dele próprio – a quem falta a voz, símbolo aqui de potência, de força.  Este tema da ausência e do vazio, do contraste e da harmonia entre o interior e o exterior torna este texto literário de uma pungência exemplar – há um sertão interior nesta criança cujos irmãos e pai nunca mais voltaram, seus sete irmãos, insonte o pai se foram -  nunca conheceu pai e aqueles líricos sonhados irmãos...com dois adjetivos a autora apresenta o estado psicológico do menino, ou seja aqueles irmãos eram praticamente alucinados, visualizados por ele.     

A autora desvela o maltrato do corpo (tempo e terra hostis) por um sertão de securas indigências sofrimentos miséria interior que desabrocha em jardim, cor, fragrâncias e beleza. Jardim contrário da esterilidade, pleno de fecundidade. Clara valorização da natureza como possibilidade de sublimação.

Na saga narrada por Djine, Dário perde a mãe por último, quando conhece o cinema, simbólico da civilização, da cidade grande: A madrinha veio para levar Dário a um tal de cinema.
 

Ficha Técnica:
Páginas: 120

Ano de Publicação: 2016
ISBN: 978-85-67095-06-6

Composição: Pólen Bold Poroso 90g;

Gênero: Contos | Crônica | Adulto

Bibliotecária Responsável: Nalin Ferreira

Gerson Dias de Oliveira

Autor

Por Djine Klein 

O Gerson foi um dos fundadores do Grupo Arte da Fundação Ruben Berta, em Porto Alegre e foi com o apoio dessa que conseguiu publicar seus primeiros livros.

 

Sua juventude aconteceu num tempo em que os jovens eram constantemente vigiados, lhes tiraram a voz, e para se expressar foi necessário buscar outros caminhos, praticar alguma arte, quando tudo é delito resta a poesia.

 

A poesia em Delito, 1992 (Editora Tchê) é exatamente isso, delito. Algum tempo depois aconteceu de publicar Música de Água, 1998, também pela Tchê.

 

Agora com O Fazedor de Humanidade (Muruci Editor), resgata velhas experiências, se descobrindo em novos desafios. É como a voz do tempo.

 

E ele confessa: < Adoro minha aposentadoria>. Isso é, ter mais tempo para debruçar-se sobre as questões de seu maior apresso, o ser humano. E o que começou sendo traduzido em versos, hoje os poemas tem um tempo mais espichados, escritos em prosa.

 

Quanto ao lirismo isso não muda, afinal o homem é o filho do menino, e que traz vivo um tempo de inocência.

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