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Lançamento | Livro

Quando os Diabos

Eram Loiros | Marcos Reimann

O romance, que leva o subtítulo de "Correio do Colono"  está dividido em três partes. Na primeira, intitulada “Livro da Profecia Conferida”, o personagem Miguel relata e transcreve uma suposta “profecia” que furtou da gaveta do editor do jornal “Correio do Colono”, durante o período em que trabalhou como estagiário, em 1974, para o semanário fictício.

 

O texto, de um suposto vidente, prevê o impacto da introdução da soja na produção agrícola da região, gerando uma migração sem precedentes. É reencontrado entre os pertences que lhe são devolvidos, no retorno à Buricá, sua cidade natal. Em seguida, o personagem decide contar a história de sua passagem pela profissão de jornalista. Na segunda parte, intitulada “Livro das Matérias Efêmeras” o repórter Miguel Engelberger conta detalhes de sua contratação; descreve o Professor Zandonai, editor; relata os trabalhos que realizou e a sua paixão platônica por Aline Riccetti.

 

Desse relato, destacam-se seis supostos suicídios que o repórter descreve, dando detalhes sobre os costumes diferenciados entre imigrantes poloneses, italianos, portugueses, ciganos, “bugres” e alemães que compõem as etnias do município, um núcleo de preconceitos.

 

Na terceira parte, intitulada “Livro do Discreto Êxodo” ocorre a demissão do repórter e o encerramento de suas aspirações platônicas. O vigário, Padre Angelonni, profere sermão no qual ataca a imprensa pecadora e a louca da cidade, Luna Yara, vocaliza os sentimentos coletivos. O pai do adolescente decide mandá-lo estudar em Porto Alegre.  Por fim, o narrador encontra e revela o editorial no qual Zandonai faz uma defesa do jornal e de seu repórter.

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